terça-feira, 5 de julho de 2011

Arquitetos visitarão 75 áreas de favelas do Rio

Daqui a uma semana, começa o trabalho de dez dos 40 escritórios de arquitetura vencedores do concurso para reurbanização de 75 áreas de favelas do Rio, divididas em grupamentos de comunidades ou comunidades isoladas. A seleção foi promovida pela Secretaria municipal deHabitação e o Instituto dos Arquitetos do Brasil do Rio (IAB-RJ), no contexto do programa Morar Carioca. Acompanhados de equipes multidisciplinares, os arquitetos irão a campo em favelas como os morro dos Macacos e dos Cabritos, além de 12 áreas de Santa Teresa.

Arquiteta do IAB e coordenadora do convênio entre o instituto e a secretaria, Sônia Lopes diz que esta primeira etapa será marcada pelo diálogo. Os professores Maria Alice Rezende de Carvalho e Marcelo Burgos, do Departamento de Sociologia e Política da PUC, elaboraram uma metodologia, que resultou no Diagnóstico Social Participativo, um caderno com um questionário a ser respondido por moradores com temas como trabalho e renda.

As informações coletadas serão organizadas pelo Instituto Pereira Passos, que vai formar um inédito banco de dados. As respostas servirão ainda para elaborar o que os professores da PUC chamam de Índice de Democratização da Cidade (IDC), ou seja, padrões urbanos que não podem faltar numa cidade que pretende ser justa.

O Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (IBASE) também foi contratado, a fim de intensificar a interação com as comunidades. Para o secretário municipal de Habitação, Jorge Bittar, um conjunto de informações com a mesma sistemática permitirá importantes análises comparativas entre as comunidades. Bittar lembrou que essa é a segunda fase do Morar Carioca:

— A primeira fase do Morar Carioca tem obras em curso, por exemplo, nos complexos da Penha, do Alemão e de Manguinhos, e fará também a reurbanização dos morros do bairro do Leme e do Morro da Providência. Ela corresponde à reurbanização de um terço das favelas cariocas e melhorias habitacionais em 73 mil domicílios. Depois dessa segunda fase, beneficiando 80 mil domicílios com projetos dos 40 escritórios, haverá uma terceira, integrando todas as favelas à cidade formal.

Fonte: O GLOBO Online

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